segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Investimentos privilegiam os deslocamentos em automóveis

Em julho deste ano a prefeitura de Curitiba assinou um convênio para a implantação, em 2011, da primeira ciclofaixa na Avenida Marechal Floriano. O projeto faz parte da proposta de Curitiba para o STAQ (Sustainable Transport and Air Quality), projeto regional financiado com recursos do Banco Mundial e do Global Environment Facility (GEF) e coordenado pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). A Prefeitura receberá US$ 2,1 milhões para o projeto, que abrirá quatro quilômetros de ciclofaixa entre o Terminal do Carmo e o viaduto da Linha Verde Sul. No futuro, serão criados mais 3,7 km de ciclofaixa até São José dos Pinhais.

Mas isso é uma mostra da diferença dos investimentos na Capital, que privilegia mais o as vias para a frota de veículos — ônibus e carros. Desde 2005, foram mais de 641 quilômetros de obras de pavimentação na cidade. O investimento total foi de R$ 382,2 milhões, conforme informações no site da Prefeitura de Curitiba. Metade dos investimentos atendeu a melhoria de vias por onde passa o transporte coletivo, o que é correto para incentivar o uso dos ônibus.
A outra metade dos investimentos foi feito na recuperação e melhoria da malha viária dos sistemas que ligam os bairros ao centro, mas sem levar em conta o deslocamento de bicicletas. Isso faz parte da contradição que Curitiba vive atualmente. Com 1,8 milhão de habitantes, a cidade que exportou ao mundo o modelo de transporte coletivo com base em corredores de ônibus, aparece em primeiro lugar quando o assunto é frota nas capitais: um carro para cada 1,53 pessoas.
 Fonte: Bem Paraná

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