quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Paraná, o segundo melhor Estado do Brasil, diz Firjan

O Estado do Paraná alcançou o segundo lugar no ranking dos estados brasileiros, aponta o índice Firjan - Federação de Indústrias do Rio de Janeiro. O índice mede indicadores em saúde, educação e dinamismo no mercado de trabalho formal com trabalho e renda. Foram analisados todos os estados entre os anos 2000 e 2007. O primeiro colocado é o estado de São Paulo, com o índice de 0,8697, seguido bem de perto pelo Paraná, com 0,8244 e pelo Rio de Janeiro, com 0,7985. Quanto mais próximo de 1 ponto, melhor é o índice. O Paraná também foi um dos estados que mais avançaram no índice entre os anos 2000 e 2007: mais 26,4%.
Já o índice Firjan de desenvolvimento municipal mostra do 1º ao 15º lugares cidades paulistas – a melhor é Araraquara, seguida de Indaiatuba - e apenas uma, Macaé, do Rio de Janeiro, está em 11º lugar. Nossa Curitiba, só aparece em 47º lugar, seguida de Vitória e São Paulo. A folha.com.br/sa804495 publica o ranking completo. O índice mais conhecido e citado é o IDH – índice de desenvolvimento humana, criado pelo economista indiano Amartya Sen, a pedido da ONU. 
Fonte

Bicicleta+carga=China















Eventos de adocao 02-03 /09 - Curitiba

02.10.2010 Feira "Eu adotei um animal de rua. E você?" - Jd. Social - Curitiba PR
02.10.2010 Feira Doação de Cães - Jardim das Américas - Curitiba PR
03.10.2010 Evento de Adoção de Cães e Gatos - Centro Cívico - Curitiba PR
De olharanimal

Ciclistas de Curitiba são ameaçados pela polícia com escopeta

Durante a Bicicletada, versão brasileira do movimento mundial Massa Crítica, dia 25 de setembro, em Curitiba, cerca de trinta cicloativistas foram ameaçados pela polícia com uma escopeta e obrigados a abandonar a pedalada conjunta.

É que os ativistas destruíram alguns cartazes de campanha eleitoral ilegais e que poluíam as ruas da cidade. Quatro viaturas iniciaram uma escolta aos ciclistas, que foram parados e abordados com exagero pelos militares.

Foi no momento em que os ativistas impediram a passagem de um carro para ajudar um senhor idoso a atravessar a rua, no Centro Cívico. Os militares sacaram armas sem necessidade e puseram vidas em risco. Ninguém foi preso.

A Bicicletada é a versão brasileira do movimento mundial Massa Crítica, criado em São Francisco, estado norte-americano da Califórnia, em setembro de 1992.

O objetivo é reivindicar o espaço público invadido pelos automóveis e mostrar que a bicicleta é o meio de transporte mais eficiente nas cidades.

Curitiba, conhecida como Capital Ecológica do Brasil, ironicamente é a cidade brasileira com o maior número de carros por habitante: 1,6. O investimento em infra-estrutura para a circulação de bicicletas também é ínfimo.


 De jornalahoraonline

Arte-reciclagem ganha exposição

Caricaturas, atletas, dançarinos, músicos, casais, figuras inusitadas talhadas em pedaços de madeira se transformam em móbiles, estátuas, ornamentos. É a arte-reciclagem do artista plástico paulista Paulo Leonardo Gonçalves, que expõe “Desenhando nas Nuvens”, exposição montada no Espaço Cultural do Univem (Centro Universitário Eurípides de Marília).

“Definir uma linguagem através de retalhos de MDF descartados no lixo.” Essa é a primeira frase da descrição do trabalho de Paulo, no blog http://desenhandonasnuvens.blogspot.com. O artista busca através de retalhos descartados no lixo, derivações de imagem. Define e manifesta de uma forma lúdica, troca emoções, através de sua arte. A simplicidade da madeira e a vivacidade das cores dão o tom de cada peça.

A matéria-prima é, basicamente, pedaços de MDF (placa de fibra de madeira) descartados pelo marceneiro, vizinho de Paulo, e que já chegam ao ateliê com um formato essencialmente único: daí a arte de ‘desenhar nas nuvens’. “É como olhar para o céu e tentar descobrir formato de quê cada nuvem tem, depois basta deixar a imaginação fluir e procurar encaixar sua imaginação na peça”, diz Paulo, que garante não mudar a forma dos retalhos que chegam em sua mão.

Descoberta
A técnica surgiu, quando era professor, em São Paulo, e buscava alternativas para que a escassa verba destinada às artes fosse melhor aproveitada e seus alunos pudessem soltar a imaginação. A técnica rendeu ao artista o prêmio “Artesão do Ano”, categoria reciclagem, concedido pela organização da Mega Artesanal 2009.
Fonte: diariodemarilia

Óleo de cozinha reciclado deixa de ser vilão ambiental

Talvez você não saiba, mas o óleo que você descarta no ralo da pia da cozinha ou no vaso sanitário tem um efeito devastador para o meio ambiente. Por mês, mais de 200 milhões de litros de óleo usado vão para os rios e lagos do País. "No Brasil, são produzidos por ano 3 bilhões de litros de óleos vegetais", diz Levi Torres, coordenador de projetos da Associação Brasileira de Coleta e Reciclagem de Resíduos de Óleo Comestível (Ecóleo). Somente 7 milhões de litros de óleo usado são recolhidos por mês. O Estado de São Paulo é responsável pela coleta mensal de 1,8 milhão de litros, um terço do total no Brasil.

1 Não jogue no ralo
Estima-se que uma família descarte 1,5 litro de óleo de cozinha por mês. O primeiro passo é não jogar o óleo que você usa na cozinha pelo ralo da pia. Ele deve ser primeiro resfriado e depois guardado para a reciclagem. Para guardá-lo, use um recipiente plástico com tampa. No dia a dia, vá acrescentando o resíduo de óleo ou gordura de frituras. O ideal é não reutilizar o óleo.

2 Sem dor de estômago
Se o reúso for necessário, observe se aparecem espuma e fumaça durante a fritura. A cor escura do óleo e do alimento frito, o odor e sabor não característicos são sinais de que é hora de comprar um novo. Reutilizar o óleo pode causar diarreia e outros problemas de saúde.

3 Em casa
Em condomínios como o do zelador Carlos Silva (foto à esq.), na zona sul de SP, há um sistema de coleta em parceria com cooperativas que recolhem o material. Caso seu edifício não tenha uma parceria do tipo, leve o óleo guardado a um ecoponto ou local de coleta. Veja no site da Ecóleo (www.ecoleo.org.br) os que ficam mais perto de sua casa.

3 Fora de casa
Restaurantes e lanchonetes, que utilizam volumes significativos do produto, devem entrar em contato com empresas ou entidades licenciadas pelo órgão competente da área ambiental da cidade e descartar o óleo em uma bomba, cuja capacidade varia entre 50, 100 e 200 litros.

5 Cooperativas
Diversas cooperativas estão cadastradas para receber o óleo usado e fazer a primeira etapa do beneficiamento. Consiste em uma filtragem para tirar os resíduos sólidos do material. O óleo é filtrado diversas vezes. Quando provém de residências, tem melhor qualidade do que quando vem de restaurantes.

6 Nas empresas
O material é encaminhado a uma empresa que vai utilizá-lo para obtenção de outro produto. Primeiro, ele é novamente filtrado, depois é processado de forma a reduzir sua acidez e umidade. Isso porque a água oriunda dos alimentos produz alterações hidrolíticas - quebra ou mudança de uma substância pela ação da molécula de água.

7 Mil e uma utilidades
Entre os produtos que podem ser feitos a partir de óleo reciclado estão biodiesel, massa de vidro, sabão, graxas, lubrificantes, ração animal, tintas vernizes, fertilizantes, acendedores de churrasqueira (como o da foto ao lado) e massa asfáltica.

8 Biocombustível
Mais de 50% do óleo recolhido no Brasil vai para a produção de biodiesel. Só a Petrobrás Biocombustível fica com 10% de tudo o que se recicla. A fabricação de ração animal, massa de vidro e saponáceos aparece logo atrás, nesta ordem. Hoje o óleo é o maior poluidor de águas das regiões mais populosas do Brasil.

Fonte: Estadao

3o.JANTAR BENEFICENTE AMIGO ANIMAL - 02/10 - NOITE DE MASSAS

Amigos de Curitiba, a 3a.edição de nosso Jantar Beneficente será no sábado, 02/10, uma saborosa Noite de Massas, evento promovido pela Amigo Animal.

O jantar será realizado a partir das 20:30h, no novíssimo Restaurante Vegetariano Sorella, situado na Alameda Princesa Isabel, esquina com Rua Euclides da Cunha (antigo Clube Harmonia), no bairro Champagnat, a 2 quadras do Angeloni Batel.

Confira o delicioso cardápio: saladas, legumes refogados, arroz, strogonoff, batata palha, lasanha, spaghetti talharini, ravioli, penne, molhos vermelho, branco e pts. O jantar inclui dois tipos de suco e chás. As sobremesas e os refrigerantes serão vendidos à parte.

O convite custa R$ 25,00 por pessoa, veja as formas de adquiri-lo:

1 - Pelo e-mail amigoanimal@amigoanimal.org.br, reservando antecipadamente e depositando em qualquer de nossas c/c em nome da Amigo Animal: CNPJ 04.086.238/0001-32 ; HSBC AG. 0152 C/C 04351-31 ; BANCO DO BRASIL AG. 1.518-0 C/C 14.938-1 ; ITAÚ AG. 0255 C/C 33.336-1 ; CEF AG. 1.525 C/P 013-2.774-9 ; BRADESCO AG. 2.015 C/C 19.534-0.

2 - No dia e na entrada do evento (aceitaremos cartões de crédito e débito).

3 - No bingo deste domingo 26/09 no Círculo Militar.

4 - Na próxima semana em alguns de nossos pets e clínicas parceiros, bem como com alguns voluntários.

Não deixem de comparecer, o salão comporta apenas 190 pessoas, e quem já foi a nossos jantares conhece a qualidade das refeições e a forte presença dos colaboradores da causa da proteção animal, o que sempre tem lotado os eventos. Desta forma, sugerimos que comprem antecipadamente seus convites. A renda será revertida para continuar alimentando com 500kg de ração por dia (15 toneladas por mês) nossos mais de 2000 animais abrigados.

Venham e tragam seus amigos e familiares, já que todos estarão em Curitiba para votar no dia seguinte. Será uma noite muito agradável com jantar e música ambiente e sorteio de diversos brindes para vocês.

Teremos à venda na entrada do salão alguns produtos da grife Amigo Animal.

Ajude-nos a divulgar o evento, peça o cartaz que enviamos por e-mail.

Atenciosamente, Diretoria da Amigo Animal - 41-3027-2237 ou 41-9975-2711.

domingo, 26 de setembro de 2010

Guerra do Petróleo


1 milhão de iraquianos mortos e 3 trilhões de dólares gastos em 7 anos de guerra... apenas o exemplo mais bem conhecido...

As indústrias de automóveis são de que nacionalidade? Quantas marcas de carro não-americanas ou européias ou asiáticas você conhece? Qual serão os interesses deles?

Qual a melhor maneira de 50 pessoas se transportarem pela cidade?

Qual a melhor maneira de 50 pessoas se transportarem pela cidade?
1) 50 bicicletas. 2) 50 carros. 3) 1 ônibus.

Clique na imagem para ampliar.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Reciclagem é tema da 5ª edição da Exposucata

A 5ª edição da Exposucata - Feira e Congresso Internacional de Negócios da Indústria da Reciclagem, maior evento do setor da América Latina, que será realizado entre os dias 28, 29 e 30/9, no Centro de Exposições Imigrantes (SP), reunirá especialistas nacionais e internacionais para debater importantes temas que contribuam para o desenvolvimento da cadeia reciclagem no país.

A abertura do Congresso Internacional, dia 28/9, às 10h, terá como tema a recém aprovada Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com uma visão sobre quais eram os objetivos desta lei e o que de fato foi sancionado. Em seguida, um painel com executivos de entidades da cadeia de reciclagem (Abrelpe, Inesfa, Abividro) e da OAB-SP vai debater como a PNRS pode alavancar os negócios do setor, entre outros temas.

No mesmo dia também será a vez da reciclagem de eletrônicos ser abordada, com o tema “Eletrônicos: a nova corrida do ouro”, em referência à presença de metais valiosos nas sucatas de equipamentos eletrônicos. Para debater as oportunidades desse segmento ainda pouco explorado no País, será montado um painel com executivos de empresas que estão se especializando na reciclagem de “e-sucatas” e da Abinee. O primeiro dia termina com palestra sobre os Caminhos e Entraves para a Reciclagem dos Plásticos, com representante do Sindiplast.

O segundo dia do Congresso (29/9) concentra as palestras internacionais e abre, às 10h, com Jason Schenker – presidente da consultoria norte-americana Prestige Economics – vai falar sobre a Economia Global e Perspectiva para as Commodities, sobretudo as metálicas, e sua relação com a economia mundial e o mercado de reciclagem. Às 15h30, Adam Minter, jornalista norte-americano especialista no mercado de reciclagem e residente em Xangai há oito anos abordará as oportunidades e desafios de se negociar com a Ásia no mercado mundial de sucatas metálicas e materiais recicláveis em geral.

O dia 29/9 também é dedicado às sucatas metálicas de não-ferrosos. Primeiro com um painel sobre o alumínio e a possível falta do metal em função do aumento da demanda interna, e o papel da reciclagem e da importação de sucata para dirimir esse problema. Na mesa de debates, representantes da ABAL e de entidades grandes consumidoras de alumínio (Afeal, SAE Brasil, Siamfesp). Em outra palestra, o gerente de reciclagem da Paranapanema abordará o tema cobre e as novas regras de mercado de sucata do metal a fim de evitar a concorrência desleal.

A sucata de metais ferrosos também terá seu espaço no segundo dia do Congresso. A programação do dia 29 se encerra com a reciclagem de veículos como fonte de matéria-prima. Estima-se que existam no Brasil cinco milhões de toneladas de metal ferroso presentes em veículos com idade suficiente para serem reciclados, uma verdadeira mina a céu aberto. Mas onde eles estão? O que os departamentos de trânsito do País podem fazer para acelerar esse processo de reciclagem? Um painel com o executivo da SEDA – empresa austríaca especializada em reciclagem veicular, junto com representantes do Detran-RS, Denatran e Cesvi responderão essas perguntas.

No dia 30 às 10h, o Congresso Internacional encerra suas atividades com palestra sobre incentivos tributários para o setor de reciclagem, com Valéria Theodoro Ramos, da Delegacia de Receita Federal de Administração Tributária em São Paulo, que mostrará os caminhos necessários para que empresas se beneficiem dos incentivos tributários disponíveis.

Serviço
Centro de Exposições Imigrantes
Rodovia dos Imigrantes - km 1,5
28, 29 e 30/9, das 13h às 20h
Fonte: vivaocentro

Castelo da reciclagem: conheça a obra arquitetônica feita de 50 mil caixas de leite



Construído em maio deste ano, esse incrível castelo feito de caixas de leite vazias está em Granada, na Espanha.



Feito por estudantes da Facultad de Arquitectura de Granada, não há nada na estrutura do castelo que não seja caixas de leite. Todas foram recolhidas por 5 mil crianças da pré-escola que estavam fazendo um projeto de reciclagem e elas tiveram o privilégio de serem convidadas para a inauguração da estrutura e, além de tudo, ganharam medalhas.



Ele tem 29 metros de comprimento, 7 metros de altura média, e foi reconhecido pelo Guiness como a maior construção feita de materiais reciclados.





Fonte: hypescience

Dia Mundial sem Carro - Curitiba 2010



Veja o vídeo.
Fotos do Bicicleteiros.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Automóvel X Homicídios

Segundo estatística do IBGE, a cada 100 mil habitantes, 30,4 pessoas morreram no trânsito, em 2007, contra 29,5 vítimas de homicídios.

No Paraná é mais fácil morrer no trânsito do que assassinado. A constatação se baseia nos dados dos Indicadores de Desenvolvi­­mento Sustentável (IDS), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2007, a cada grupo de 100 mil habitantes, 30,4 pessoas sofreram acidentes relacionados ao transporte, enquanto 29,5 pessoas foram vítimas de homicídios. Com 35 mil mortes em 2007, o Brasil ocupa a quinta posição nos números absolutos de mortes no trânsito, perdendo apenas para Índia, China, Estados Unidos e Rússia. Não é exagero, portanto, incluir o trânsito entre as questões prioritárias de saúde pública.

As ruas e rodovias são um ambiente onde os motoristas se encontram a todo instante e, por esse motivo, o índice é alto. “Há um número grande de pessoas convivendo e se sujeitando aos riscos, basta ver o que acontece nos feriados”, analisa Marcelo Araújo, presidente da Comissão de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) e professor do Unicuritiba.

Apesar dos números assustadores, é preciso fazer uma ressalva: entre 1992 e 2007, o índice de mortes no trânsito saltou de 18,3 para 20,3 a cada 100 mil habitantes – crescimento de 11%. En­­quanto só no Paraná a frota de veículos subiu muito mais em um curto período de tempo: o aumento foi de 35% entre janeiro de 2007 e julho de 2010, saltando de 3,7 milhões para quase 5 milhões de automóveis. Esse cenário se repete em todo o Brasil.

Causas
Entre especialistas, o mau comportamento é apontado como responsável pelas ocorrências e consequentes óbitos, sobretudo de pedestres. Indicar, no entanto, os motivos que levam os motoristas e transeuntes a desrespeitar as leis não é tão simples.
Não são os carros ou as estradas os responsáveis pelos acidentes: nove em cada dez atropelamentos ou colisões são causados por erros dos motoristas, segundo as estatísticas do Detran-PR. “Costumamos dizer que o acidente é uma infração que não deu certo”, afirma a coordenadora de Educação para o Trânsito do Detran-PR, Maria Helena Gusso Mattos.
A diretora de trânsito de Curitiba, Rosângela Battistella, analisa que muitos condutores encontram na direção uma válvula de escape para enfrentar seus problemas. “Às vezes, uma pessoa calma e serena não consegue lidar com o trânsito e não percebe que o carro é uma arma”, opina.
Segundo a psicóloga especialista em trânsito Adriane Picchet­to Machado, estudos psicológicos mostram que, quando não se sentem em perigo, as pessoas se descuidam e esquecem de dar atenção à própria segurança. Outros dois fatores que favorecem o cometimento de infrações são o anonimato do motorista e a relação de poder dele com a máquina. “É como se o condutor tivesse no trânsito a possibilidade de cometer erros sem se revelar, ainda mais com vidros escuros”, diz.

Educação e fiscalização
A solução, então, para os problemas vividos no trânsito passa necessariamente pela educação do motorista, o que acontece com conscientização ou fiscalização. As câmeras e radares no trânsito evitam ocorrências, por exemplo. “Quanto mais vigilância, mais as pessoas são forçadas a andar nos limites”, diz o engenheiro elétrico especialista em trânsito e diretor de Negócios Internacionais da Perkons, José Mario de Andrade.
Na avaliação de Maria He­­lena, a mudança de comportamento ocorre de forma gradativa, com a conscientização por meio de campanhas e fiscalização. Enquanto isso, a fiscalização se transforma em meio de ensinar.
Para educar desde cedo, há quem defenda a inclusão da disciplina sobre trânsito na escola ou a inserção do trânsito no currículo escolar. Conforme o Denatran, o Ministério da Edu­­cação trata o trânsito como tema universal e não disciplina obrigatória. Por isso fica a critério das escolas decidirem se tratam do assunto, seguindo normas estabelecidas pelo Contran.
Parentes de vítimas ficam com sensação de impunidade
Para quem perde alguém no trânsito, a sensação, muitas vezes, é de impunidade. A maior parte dos homicídios de trânsito, porém, são considerados culposos (quando não existe a intenção de matar). Apenas em exceções o condutor é indiciado pelo dolo eventual (quando assume o risco de matar). “Nos homicídios comuns, há a intenção de matar. Tradicional­­mente, no trânsito, você não encontra a pessoa que joga o carro em cima de alguém para cometer homicídio”, esclarece Marcelo Araújo, presidente da Comissão de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Paraná (OAB-PR).

Falta consciência
Na maior parte dos acidentes, a imprudência, a negligência ou a imperícia estiveram presentes. Isso acontece, na avaliação de Araújo, não pela falta de punição, mas pela falta de consciência de condutores e pedestres. “Isso só vai acontecer com o trabalho de base, focando em comportamento”, diz. Essa batalha precisa ser encampada pela sociedade: “Por que ninguém mais fuma em vários lugares? Alguém sabe o valor da multa por fumar em lugar público? A própria sociedade impôs esse comportamento e precisa fazer o mesmo com o trânsito”, diz.

Fonte: gazetadopovo

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Governador do Paraná veta PL que proíbe a utilização de animais em espetáculos circenses

O projeto que proíbe a apresentação, manutenção e a utilização de animais em espetáculos circenses no estado do Paraná é de autoria do deputado Luiz Nishimori (PSDB). Passou a ter nova redação por meio de um projeto substitutivo geral apresentado pela deputada Rosane Ferreira (PV), com apoio da Comissão de Meio Ambiente, presidida pelo deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB).
O projeto substitutivo geral foi apoiado pelas entidades de defesa dos animais, que trabalharam arduamente ao longo do primeiro semestre de 2010 pela sua aprovação junto aos deputados, esclarecendo dúvidas que alguns deles tiveram que poderiam comprometer a aprovação.
O projeto foi aprovado por todos os deputados e encaminhado para a sanção do governador Orlando Pessuti que, surpreendendo a todos, encaminha ofício ao presidente da Assembleia Legislativa no dia 31 de agosto de 2010 com veto ao projeto de lei. A publicação no Diário Oficial aconteceu somente no dia 9 de setembro.
A organização não governamental Ecoforça, uma das entidades envolvidas para a aprovação do referido projeto, não pôde deixar de manifestar seu repúdio ao veto do governador neste momento. “Não podemos aceitar o veto pelas justificativas apresentadas no ofício do governador, sem fazer uma pergunta: o projeto não passou pela Comissão de Constituição e Justiça? Não teve aprovação por parte da assessoria dos gabinetes dos deputados envolvidos? Ou vamos ter que aceitar que a assessoria jurídica da Assembleia Legislativa do Paraná não atua com competência, para termos o veto a um projeto por questões de ordem técnica tão simples, perceptível a qualquer profissional da área sem nenhuma experiência?”, pergunta o presidente da entidade Valdir Donizete de Moraes.
A Ecoforça sugere o envio de mensagens aos deputados estaduais do Paraná para que possam, reforçando seu voto a favor do projeto, decidir pela quebra do veto do governador. “Dessa forma, o estado do Paraná poderá entrar para o rol dos estados brasileiros que avançam em sua legislação rumo à defesa dos direitos animais, dando exemplo de modernidade, decidindo favoravelmente em nome daqueles que não podem se expressar – os animais.”, afirma Rosana Vicente Gnipper, diretora regional de Curitiba da entidadesta da ANDA.

Para mais informações contate a Ecoforça no email: ecoforca@gmail.com

Abaixo o ofício do governador, com as razões para o veto:
OF/CTL/CC nº 134/2010 Curitiba, 31 de agosto de 2010
Senhor Presidente,
Tenho a honra de acusar o recebimento do Ofício nº 147/10 – DAP/SA, dessa Presidência, e de levar ao conhecimento de Vossa Excelência que, usando da atribuição a mim conferida pelo art. 87, inciso VII, combinado com o§ 1º, do art. 71, ambos da Constituição Estadual, vetei o Projeto de Lei nº 737/07, por considerá-lo contrário ao interesse público, pelos motivos a seguir expostos.
O autógrafo tem por objetivo proibir, em todo território paranaense, a apresentação, a manutenção e a utilização, sob qualquer pretexto ou justificativa, de animais selváticos e/ou domésticos, sejam nativos ou exóticos, em espetáculos circenses.
O parágrafo único do art. 2º do presente Projeto de Lei assevera que os circos só poderão se desfazer dos animais quando os mesmos forem recebidos por zoológicos ou similares e, ainda, no art. 4º e incisos, são previstas sanções de alçada federal e municipal se a medida não for obedecida.
Saliente-se que sanções, por não cumprimento de lei federal ou municipal, devem ser previstas em normas próprias, no âmbito de cada ente da federação, não sendo possível que lei estadual, por exemplo, defina formas de cancelamento de alvará de funcionamento, visto ser esta prerrogativa de norma local.
Ademais, a Lei Federal nº 9.605/98, em seu art. 32, já previu o seguinte:
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
Esses os motivos que me levaram a vetar o Projeto de Lei que, em anexo, restituo a essa Assembleia Legislativa.
Valho-me do ensejo para apresentar a Vossa Excelência meus protestos de apreço e consideração.
Orlando Pessuti
Governador do Estado

De ANDA

Água e florestas em perigo


No dia da Árvore, 21 de Setembro, diga não ao projeto de lei que pretende desfigurar o Código Florestal Brasileiro.
Boca Maldita – 10h as 18h – coleta de assinaturas, distribuição de material, infos
Pça. Santos Andrade – 16h – cortejo do funeral das nossas florestas (venha de preto)
 Clique na imagem para melhor vizualiza-la

De Flávio Krüger

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Europa proíbe uso de grandes símios como cobaias para pesquisa científica

"A ciência será obrigada a deixar de utilizar na Europa os grandes símios em seus experimentos e terá que limitar ao máximo, de acordo com regras rígidas, o uso de outros animais, em uma decisão aprovada pelo Parlamento Europeu após dois anos de intensas negociações.




A nova regra proíbe o uso de chimpanzés, gorilas e orangotangos em experimentos científicos, enquanto o uso de outros primatas será objeto de uma “restrição estrita”.

A Eurocâmara aprovou, em termos gerais, que as experiências com animais sejam substituídas, na medida do possível, por um método alternativo cientificamente satisfatório. Os cientistas terão que trabalhar para que “a dor e o sofrimento infligidos sejam reduzidos ao mínimo”, afirma o texto aprovado em sessão plenária pelo Parlamento Europeu, com sede em Estrasburgo (França).

A norma, que tem prazo de dois anos para ser adotada pelos Estados europeus, completa uma lei aprovada em 2009 que proíbe os testes de produtos cosméticos em animais.

A eurodeputada parlamentar belga Isabelle Durant, verde, afirmou que “é possível reduzir o número de animais utilizados com fins científicos sem prejudicar a pesquisa”. Quase 12 milhões de animais são utilizados a cada ano com fins experimentais na UE.

Com informações do Terra Nota da Redação da ANDA: Já é sabido que a utilização de animais na experimentação científica, além de não ser ética e não respeitar os direitos animais, não atende ao que devem cumprir os estudos científicos. Temos recursos de sobra para fazer uma ciência ética, evoluída e realmente útil para a vida – sem utilizar animais como escravos a serem torturados em laboratórios. Animais são seres sencientes e sujeitos de direito. Essa medida aprovada pelo parlamento europeu é um passo importante, mas deve se estender a todas as espécies que ainda são vítimas dessa ciência retrógrada. O respeito à vida de todos os seres deve estar dentro de tudo que realizamos, em qualquer área do conhecimento, em qualquer escolha, ação ou gesto que praticamos."
 De Vista-se

Um grande salva!

Eminem diz que vestido de carne crua de Lady Gaga “cheirava mal”

Segundo o tabloide britânico “Daily Mirror”, o rapper Eminem não gostou de se sentar próximo a Lady Gaga durante o MTV Video Music Awards porque o vestido de carne crua dela cheirava mal. “Marshall disse que não queria passar a noite sentado ao lado de uma pilha de carne”, afirmou uma fonte próxima ao americano à publicação.
Ainda segundo a reportagem, a cantora Cher “manteve distância” de Gaga ao lhe entregar o troféu de melhor clipe do ano.

Polêmica
A entidade de defesa dos direitos dos animais PETA fez um pronunciamento na segunda-feira, dia 13, sobre o traje da cantora pop. “Carne é o corpo em decomposição de um animal que não queria morrer, e depois de ficar sob as luzes da TV ia cheirar como carne podre. Não é muito atraente”, disse um porta-voz da organização.
Em entrevista à apresentadora Ellen DeGeneres, Gaga declarou que não queria desrespeitar os vegetarianos ao usar o vestido. Segundo ela, estava apenas defendendo aquilo que acreditava. “Se não lutarmos pelos nossos direitos, muito em breve teremos tantos direitos quanto a carne nos nossos ossos. E eu não sou um pedaço de carne”, disse.
Fonte

O estupro diário da natureza

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, reunida em Estocolmo de 5 a 16 de junho de 1972 foi atenta à necessidade de um critério e de princípios comuns que ofereçam aos povos do mundo inspiração e guia para preservar e melhorar o meio ambiente humano. Proclama, entre outros, que: a) o homem é ao mesmo tempo obra e construtor do meio ambiente que o cerca, o qual lhe dá sustento material e lhe oferece oportunidade para desenvolver-se intelectual, moral, social e espiritualmente.
Em larga e tortuosa evolução da espécie humana neste planeta chegou-se a uma etapa em que, graças à rápida aceleração da ciência e da tecnologia, o homem adquiriu o poder de transformar, de inúmeras maneiras e em uma escala sem precedentes, tudo o que o cerca; b) o homem deve fazer constante avaliação de sua experiência e continuar descobrindo inventando, criando e progredindo.
Hoje em dia, a capacidade do homem de transformar o que o cerca, utilizada com discernimento, pode levar a todos os povos os benefícios do desenvolvimento e oferecer-lhes a oportunidade de enobrecer sua existência.
Aplicado errônea e imprudentemente, o mesmo poder pode causar danos incalculáveis ao ser humano e a seu meio ambiente. Em nosso redor vemos multiplicarem-se as provas do dano causado pelo homem em muitas regiões da terra, níveis perigosos de poluição da água, do ar, da terra e dos seres vivos; grandes transtornos de equilíbrio ecológico da biosfera; destruição e esgotamento de recursos insubstituíveis e graves deficiências, nocivas para a saúde física, mental e social do homem, no meio ambiente por ele criado, especialmente naquele e que vive e trabalha; c) nos países industrializados, os problemas ambientais estão geralmente relacionados com a industrialização e o desenvolvimento tecnológico; d) o crescimento natural da população coloca continuamente, problemas relativos à preservação do meio ambiente, e devem-se adotar as normas e medidas apropriadas para enfrentar esses problemas. De todas as coisas do mundo, os seres humanos são a mais valiosa; e) chegamos a um momento da história em que devemos orientar nossos atos em todo mundo com particular atenção às conseqüências que podem ter para o meio ambiente. Por ignorância ou indiferença, podemos causar danos imensos ou irreparáveis ao meio ambiente da terra do qual dependem nossa vida e nosso bem-estar.
Interessante que o homem, neste documento, aparece como “a coisa mais valiosa do mundo”. Ainda segundo ele, os seres humanos são os que “promovem o progresso social, criam riqueza social, desenvolvem a ciência e a tecnologia e, com seu árduo trabalho, transformam continuamente o meio ambiente humano. Com tais avanços na produção, na ciência e na tecnologia, a capacidade do homem de melhorar o meio ambiente aumenta a cada dia que passa”.
Mas será mesmo? Percebo em alguns pontos do documento mais uma prova cabal da arrogância e do egocentrismo de uma espécie que continuamente, em nome do progresso e do desenvolvimento econômico está destruindo o planeta. Como será o homem ‘a coisa mais valiosa do mundo’ se por si só não consegue sobreviver sem desmantelar o que o cerca? Suspeito desta afirmação. Penso que valioso seja alguém que tenha coragem para subsistir sem aniquilar, extinguir ou abater nenhuma outra espécie que faça parte do mesmo pedaço da terra em que viva.
Nada contra o documento, muito pelo contrário, mas para mim, valiosa é a Terra, seus vegetais, seus animais, tudo o que nela estava -e ainda está- antes do homem chegar e por nela a sua mão devastadora. Cidades onde administradores públicos afirmam que há árvores sem função ecológica e as destroem para em seu lugar, de forma equivocada, espalhar concreto para que mais carros andem, e que arrancam árvores nativas para construir canchas de rodeio em nome de uma pseudo-tradição, não podem ser consideradas modernas. Moderna é uma cidade que amplia seus espaços ao humano, dialoga com o meio ambiente, preserva o ar, não escraviza nem explora os animais, e que retira os carros das ruas deixando a cidade aos seus verdadeiros donos: os cidadãos.

De Vista-se

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

STF: FICHA LIMPA JÁ!

 A Ficha Limpa está em perigo, políticos corruptos poderão ser liberados nas eleições de outubro.

Políticos corruptos que tiveram as suas candidaturas barradas pelos Tribunais Eleitorais estão apelando para o Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a constitucionalidade da Ficha Limpa. Os 10 Ministros do STF estão divididos e o julgamento pode acontecer a qualquer momento. Porém, se um grande número de brasileiros defenderem a Ficha Limpa, nós poderemos influenciar os Ministros indecisos a votarem a favor da política limpa.

Juntos nós passamos a Ficha Limpa e tiramos 242 políticos corruptos das eleições de outubro. Agora vamos garantir que o STF defenda a Ficha Limpa. Assine a petição urgente e encaminhe para todos -- ela será entregue para o Presidente do STF esta semana.

Clique no link abaixo e assine a Petição:
https://secure.avaaz.org/po/ficha_limpa_supremo/

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Investimentos privilegiam os deslocamentos em automóveis

Em julho deste ano a prefeitura de Curitiba assinou um convênio para a implantação, em 2011, da primeira ciclofaixa na Avenida Marechal Floriano. O projeto faz parte da proposta de Curitiba para o STAQ (Sustainable Transport and Air Quality), projeto regional financiado com recursos do Banco Mundial e do Global Environment Facility (GEF) e coordenado pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). A Prefeitura receberá US$ 2,1 milhões para o projeto, que abrirá quatro quilômetros de ciclofaixa entre o Terminal do Carmo e o viaduto da Linha Verde Sul. No futuro, serão criados mais 3,7 km de ciclofaixa até São José dos Pinhais.

Mas isso é uma mostra da diferença dos investimentos na Capital, que privilegia mais o as vias para a frota de veículos — ônibus e carros. Desde 2005, foram mais de 641 quilômetros de obras de pavimentação na cidade. O investimento total foi de R$ 382,2 milhões, conforme informações no site da Prefeitura de Curitiba. Metade dos investimentos atendeu a melhoria de vias por onde passa o transporte coletivo, o que é correto para incentivar o uso dos ônibus.
A outra metade dos investimentos foi feito na recuperação e melhoria da malha viária dos sistemas que ligam os bairros ao centro, mas sem levar em conta o deslocamento de bicicletas. Isso faz parte da contradição que Curitiba vive atualmente. Com 1,8 milhão de habitantes, a cidade que exportou ao mundo o modelo de transporte coletivo com base em corredores de ônibus, aparece em primeiro lugar quando o assunto é frota nas capitais: um carro para cada 1,53 pessoas.
 Fonte: Bem Paraná

Bicicletários de Curitiba não funcionam

A Prefeitura chegou a construir seis equipamentos na cidade há três anos, mas não consegue colocá-los para funciona.


Bicicletário no Bosque do Papa liga um parque a outro,
e não leva o curitibano ao trabalho
(foto: Giuliano Gomes)

A cena nem é incomum em Curitiba. A bicicleta fica encostada a um poste ou cerca presa a uma corrente e cadeada. Isso porque não há locais públicos adequados para o ciclista deixar seu equipamento. Curitiba não privilegia nem incentiva o uso da bicicleta entre a população. “Há uma propaganda muito forte de que há a preocupação com os transportes alternativos, mas infelizmente a realidade é outra. A atual administração pública não trata bem da questão”, opina o consultor de mobilidade não-motorizada, Ulrich Jager.
Prova disso que há três anos a Prefeitura construiu seis bicicletários dentro de um projeto que pretendia espalhar os equipamentos pela cidade. Hoje, os espaços estão subutilizados e jamais chegaram a funcionar como deveriam. Desde que criou o projeto a Prefeitura não conseguiu viabilizar o funcionamento dos equipamentos. A ideia era licitar o serviço, mas não houve interesse da iniciativa privada.
Os bicicletários públicos ficam no Parque São Lourenço, no Jardim Botânico, no Centro Cívico, nas Ruas da Cidadania do Pinheirinho-Carmo e no eixo de animação da avenida Arthur Bernardes, no Santa Quitéria. Eles têm 45 metros quadrados de área coberta, onde podem ser montados armários e balcões, mas no momento estão vazios.

Mas o fator que não atraiu a inicitiva privada foi como cobrar pelo serviço de guarda da bicicleta. No ano passado o verador Pedro Paulo (PT) já alertava que esse tipo de exploração era inaceitável para o ciclista. Por isso, desde o início, o debate era para que o poder público assumisse os pontos para beneficiar a população.
Além disso, os bicicletários são considerados insuficientes e mal-localizadas. “Os bicicletários em Curitiba estão abandonados. Alguns estão depredados e sendo desmontados. Eles não são usados, esta é a realidade”, pontua o conselhereiro da União Ciclistas do Brasil e diretor da Federação Paranaense de Ciclovia, José Carlos Assunção Belotto.
Belotto diz que para serem melhor utilizados, estes equipamentos deveriam estar construídos em pontos estratégicos da cidade. “Eles têm que estar em grandes polos geradores de trânsito, ao lado de shoppings, terminais e na região central. Em lugares que de fato os ciclistas podem usar. Também deveriam estar integrados ao sistema de transporte coletivo para que as pessoas pudessem ter a opção para utilizar os dois modais”, afirma Belotto que também é o coordenador do Projeto Ciclovida da UFPR.

Isso não acontece porque, dizem os ciclistas, a visão de Curitiba não é de que a bicicleta seja um meio de locomoção, mas de lazer. Por isso dos seis bicicletários, três foram implantados em parques. “Este é um conceito das décadas de 1970 e 1980, mas hoje a bicicleta tem outra função. Hoje ela é um meio de transporte, que eu posso usar não só para o lazer, mas para trabalhar também”, afirma Jager.
Apesar dessa falta de apoio público, os ciclistas comemoram que shoppings e supermercados mantêm bicicletários. E eles vivem lotados e, melhor, são gratuitos. Prova de que a demanda existe. Assim como existe muita gente disposta a trocar o carro pela bicicleta.


Fonte: Bem Paraná

Faltam alternativas para as ciclovias

Outra crítica visível na Capital é a ausência de um projeto para a implantação de ciclovias. Além de defasada, a malha cicloviária de Curitiba tem uma concepção antiga, voltada ao lazer. Para o consultor de mobilidade não-motorizada, Ulrich Jager, por esta questão é que atualmente o número de acidentes envolvendo bicicletas e biarticulados tem crescido. “A localização das ciclovias não atende a necessidade e a malha existente não está completa. Por isso o ciclista acaba pegando o caminho mais curto, a canaleta do expresso. A canaleta foi construída com a lógica de ligar regiões populosas da cidade, não a ciclovia”, analisa Jager.
O coordenador do projeto Ciclovida na UFPR, ativista da Bicicletada, conselhereiro da União Ciclistas do Brasil e diretor da Federação Paranaense de Ciclovia, José Carlos Assunção Belotto, aponta que os investimentos para a melhoria das ciclovias são baixos em comparação com os benefícios que o uso das bicicletas podem trazer.

Ambos avaliam que o investimento na área de ciclovias não é alto, mas mesmo assim falta vontade política para mudar. As ciclofaixas são apontadas como uma solução mais barata para ajudar a solucionar o problema em Curitiba. “Não precisa necessariamente uma ciclovia, pode haver uma faixa compartilhada em ruas onde a velocidade é baixa. O pessoal da Bicicletada chegou a criar uma ciclofaixa clandestina na Rua Augusto Stellfeld, mas a Prefeitura pintou de novo a via e chegou a multar os rapazes”, avalia.
Para Belotto, a opção pode ser aproveitar a própria infraestrutura existente. “Com um custo baixíssimo poderiam ser transformadas as vagas de estacionamento ao longo das canaletas para a implantação de ciclofaixas. Ganharíamos mais 70 quilômetros de ciclovia neste sentido. Para isso, porém, é necessária uma política pública que vise os transportes alternativos, e não o carro como é feito”, critica.

 Fonte: Bem Paraná

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Garota arremessa filhotes no rio

Como se livrar dos filhotes da cria de seus caes?
Bem simples coloque-os em um balbe, leve a margem de um rio com correnteza e arremesse-os para o rio!
Simples não!

Veja o Vídeo aqui.

Sem brincadeira o negócio é sério, o que podemos pensar sobre este tipo de atitude?
Em um primeiro momento, o óbvio é pensarmos que o mundo está realmente e definitivamente perdido, não há mais nada em que possamos acreditar ou que possamos fazer para transformar a realidade ética e moral da sociedade em que vivemos hoje em dia.
Mas se fincarmos nossos pés neste tipo de pensamento, não só imagens crueis como essas, como outras atitudes inimagináveis, se tornarão nossa realidade estática, nosso cotidiano. Acreditar que tudo está fora do alcançe de uma efetiva mudança é deixar de tentar mudar. É se enquadrar em um padrão de comportamento social doentio e asqueroso como o da garota do vídeo.
Se não queremos seguir os padrões expostos no vídeo, se não queremos as normas de conduta éticas e morais deste mundo perdido, devemos, logo de cara, acreditar que um outro mundo é possível; que uma nova forma de encarar a vida é uma meta concreta, não muito difícil de alcançar. E de fato não é, este vídeo é apenas um exemplo de atitude condenável, sei que existem outros muitos, mas temos que lutar diariamente, com nossas próprias atitudes, para que os exemplos a serem seguidos, os exemplos dignos de um mundo saudável e em harmonia sejam muito superiores aos exemplos de crueldade e insanidade.
Como diria Gandhi, “seja a mudança que você deseja ver no mundo”. Através de exemplos positivos é que devemos educar o mundo, através de atitudes de amor, compaixão e, principalmente, respeito é que devemos guiar nossa moral e nossa ética. Assim, atitudes horrendas como as do vídeo serão sempre, e a cada dia mais, condenáveis e puníveis em uma sociedade que se contrói nova, a cada dia, em pequenas atitudes.
Pensar globalmente e agir localmente é uma atitude mais do válida na construção desse mundo, ainda hoje.
Assim, fatos de crueldade sem limites como esse, servem apenas para demonstrar o caminho que não queremos percorrer e, através da condenação destas atitudes, podemos escolher tomar decisões que nos levem a construir uma comunidade melhor, um bairro melhor, uma cidade melhor, um estado melhor, um país melhor, um continente melhor, um planeta melhor.
O que interessa realmente é que, no final das contas, certos princípios morais e éticos não deveriam se limitar a grupos de pessoas ou comunidades de indivíduos que pensam da mesma maneira. Certos princípios éticos e morais como AMOR, COMPAIXÃO e RESPEITO deveriam ser UNIVERSAIS.

De Vista-se

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Curitiba capital ecológica; na década de 90!

"Curitiba, que recebeu a alcunha de capital ecológica na década de 90, já não é mais a mesma. O levantamento “Indicadores de Desenvolvimento Sustentável”, divulgado semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) traz dados que assustam até quem não se preocupa muito com o meio ambiente. De acordo com o estudo, a região da capital paranaense é uma das campeãs em picos de emissão de poluentes. Curitiba foi a cidade que mais violou os limites tolerados de poluição atmosférica nos últimos anos. Para se ter uma ideia do ponto a que chegamos, em relação ao PM10 – espécie de poeira perigosa por ser mais fina e atingir com mais facilidade os pulmões – foram registrados 24 abusos na região de Curitiba, contra dois no Rio de Janeiro e dois em São Paulo, durante todo o ano de 2008. Em reportagem da Gazeta do Povo, o secretário de Meio Ambiente de Curitiba, José Andreguetto, afirmou que “essas violações não querem dizer que é o caso de uma emergência e que temos de mobilizar a sociedade para evacuar a cidade”. Ainda não chegamos a esse extremo, é claro, mas essas violações são com certeza uma alerta para que medidas de combate à poluição sejam tomadas desde agora. Fiscalizar a frota de carros e a indústria já seria um bom começo."
Fonte: gazetadopovo

Curitiba não é mais a mesma!

domingo, 5 de setembro de 2010

Forro ecológico usa saco vazio de cimento

Um projeto dos formandos do curso técnico em construção civil-edificações da escola do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) João Martins Coube, de Bauru, promete ser uma alternativa tanto de aproveitamento sustentável dos materiais quanto de impulso econômico para diferentes setores.

A inovação, batizada de “Forreco” (originada de forro ecológico), baseia-se na produção de placas para forro concebidas a partir da transformação do papel dos sacos de cimento vazios.

O material é um dos principais itens de lixo nas construções e é de reciclagem considerada praticamente inviável economicamente .

Além de tirar do meio ambiente grande quantidade de detrito poluidor, cujo tempo de decomposição é alto e resulta em poluição do ar e de lençóis freáticos pela presença de resíduos do cimento em pó, a iniciativa também é de cunho socioeconômico, defendem idealizadores, professores e direção da escola.

“Além do caráter ecológico, também há o foco social”, destaca Ademir Redondo, diretor do Senai de Bauru. “Proporcionaríamos material de custo menor, com a possibilidade da implantação do forro até mesmo nos empreendimentos mais populares”, enaltece o aluno Cosme Cipriano, autor do projeto ao lado dos colegas Eliane Regina Ariosi Campos, Michel Lucas Medeiros e Gildo Bonfim da Silva.

A ideia faz parte do trabalho de conclusão de curso dos estudantes e fez sucesso durante a edição 2010 do programa “Inova Senai”, que premia alunos e professores da escola que apresentarem os melhores projetos de pesquisa aplicada. Exposta até anteontem em São Paulo, a proposta chamou a atenção de construtores e acadêmicos da área, além de ganhar destaque na mídia nacional.

Selecionado entre 132 projetos apresentados por alunos de todo o Estado, o trabalho dos estudantes bauruenses ficou entre os 40 melhores que buscam uma vaga na etapa nacional do concurso. 

Do lixo para o teto
Para a elaboração do projeto, os alunos percorreram construções por toda a cidade e observaram a grande quantidade de sacos de papel descartados. Com o alto valor da reciclagem, resultante do custo para separar resíduos de cimento do papel, as embalagens se tornam problema ambiental caso não sejam destinadas para aterros ou bolsões específicos.

A partir do reaproveitamento, enfatiza o professor do curso e arquiteto Luiz Antônio Branco, é agregado valor a um material praticamente desprezado, inclusive por catadores de itens recicláveis.

As placas, assegura o arquiteto, são duráveis e possuem resistência. “Elas são reforçadas por fibras formadas pela própria permanência de resto de cimento junto ao papel. Esse é o contraponto. Não é viável reciclar, mas, ao mesmo tempo, isso deixa o material perfeito para o produto”, explica Branco.

“Além disso o próprio papel é de altíssima resistência”, acentua o professor, salientando, ainda, que os resíduos do cimento deixam as placas de forro resistentes ao fogo. Testes feitos com auxílio de maçarico comprovam essa característica, asseguram aluno e professor. “O fogo não atravessa”, garante Branco. “Claro que muitos outros testes ainda precisam ser feitos. Estamos em fase inicial”, pondera.

Entulho de construção deve ir para bolsão
Em Bauru, o entulho da construção civil legalmente recolhido é remetido para um bolsão controlado. Previsto pela resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que classifica os resíduos de acordo com categorias. O procedimento, além de evitar a poluição, seja do solo, ar ou visual, ainda auxilia no controle de outro problema ambiental, as erosões.

Os chamados resíduos inertes (tijolos, blocos ou cerâmicas), detalha o diretor do Departamento de Ações e Recursos Ambientais da Semma, por não necessitarem de qualquer processo de beneficiamento, quando não há incentivo para reaproveitamento por parte dos próprios construtores, são empregados no combate às fissuras no solo.

“Temos a lei municipal número 4.646, de 2002, que permite a utilização dos resíduos para conter a voçoroca e hoje destinamos para algumas áreas erodidas”, acrescenta o diretor do Departamento de Ações e Recursos Ambientais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), Sidnei Rodrigues.

Todo o material destinado ao bolsão da prefeitura é recolhido por transportadores especializados filiados à Associação dos Transportadores de Resíduos Inertes (Asten), com cerca de 30 filiados. “Eles próprios fiscalizam a qualidade do material que chega. Se for notado resíduo fora das características eles entram em contato conosco, além de também termos fiscal lá”, detalha.

Transportadores e empresas que depositam resíduos fora das especificações, ou seja, de outras categorias, como produtos químicos, são notificados e, em caso de reincidência, multados.

Os rejeitos de outras especificações, detalham o secretário Valcirlei Gonçalves da Silva e o diretor de divisão da Semma, são encaminhados para áreas adequadas em outras cidades, a cargo das próprias construtoras.

Caso a empresa seja flagrada depositando entulho de forma irregular, fica passível de advertência e multas variantes entre R$ 500,00 e R$ 50 mil. Mas um empreendimento da cidade chegou a totalizar mais de R$ 250 mil como punição pela prática. A multa é questionada pela empresa na Justiça. “Provavelmente ela vai perder todos os bens”, confia Rodrigues.

Por Luiz Beltramin
Fonte JCNET

sábado, 4 de setembro de 2010

As bicicletas e as políticas citadinas

Mais um ano de “quase” democracia. A farsa da política representativa já é tão sentida quanto os sorrisos de marketing da maioria dos candidatos ao pleito. A disputa pelo consenso leva a destruição de todo pensamento original. A ânsia pela aprovação conduz os candidatos a criar todo tipo de parafernália artificial e mentirosa que almeja a ludibriação explícita. A repetição dos jargões leva a ausência de toda reflexão crítica, mesmo quando a prática pareça exigir ao menos um grito de reprovação.

Nos últimos anos, no entanto, o imaginário urbano vem sendo tomado de assalto por ideias realmente revolucionárias. Há quem pense que as calçadas possam virar pomares, os terrenos baldios transformarem-se em hortas e o campo “invadir” a cidade; outros que afirmam, sem nenhuma ingenuidade, que cada comunidade pode e deve ser responsável pela gestão de seus próprios resíduos. Declaram ainda que o bairro da Caximba deve se tornar uma área de recuperação ambiental permanente.

Existe também uma série de “perturbadores” que desejam libertar o limitado espaço urbano da exagerada e degradante concentração de automóveis. Dizem, estes idealistas, que a cidade deve voltar a ser um espaço de convivialidade, que a dimensão humana das coisas deve ser resgatada.

Tais movimentos são pontuais, mas reclamam uma crítica generalizada. Buscam, na verdade, formas de atuação diretas. Desejam um ambiente de respeito genuíno ao ciclista. A bicicleta é considerada, por eles, um poderoso símbolo, capaz de transformar a imagem que temos de nós mesmos e da cidade como um todo. Optar pela bicicleta é, em nossa realidade atual, ir contra a corrente. Resistir às pressões das empresas automobilísticas, das empreiteiras, da especulação imobiliária e a todo um sistema que, como apontou Illich, pretende fazer do homem um consumidor passivo de mercadorias por toda a vida.

Há na escolha pela bicicleta, certamente, caminhos perigosos. Há o risco de redescobrir a vida mais autêntica. A brincadeira das crianças. O tempo livre do relógio. O prazer da autopropulsão. Há também o elogio da cidade invisível – aquela que somente quem anda e pedala conhece, pois está atento aos detalhes da microvida urbana. A bicicleta favorece o acesso à cidade e é dever do poder público levar isso em consideração.

Neste mês de setembro, que hoje se inicia, Curitiba é mais uma vez palco de ações de diversos desses grupos que visam mobilizar as consciências em uma transformação política efetiva. Atividades que provocam uma nova atenção, um novo olhar sobre a cidade. É o mês da bicicleta.

O fim do inverno anuncia uma realidade florida, permeada de sonhos e vislumbres de uma cidade onde o pé do pedestre seja a referência de saúde e vitalidade. Onde os ciclistas não precisem confrontar a ignorância e a rispidez da multidão motorizada.

Setembro é o mês da bicicleta. Que assim seja por muitas primaveras!

Goura Nataraj, filósofo, membro do Coletivo Interlux, é professor de sânscrito.

gazetadopovo

4ª Desafio Intermodal

O trajeto:
Ponto de partida: CIETEP/FIEP – Jardim Botânico
Ponto intermediário: Universidade Federal do Paraná, Praça Santos Andrade – Centro
Ponto de chegada: Estacionamento da Arena da Baixada – Água Verde

"Pela quarta vez consecutiva, a bicicleta foi campeã do desafio, que nesta edição contou com 24 participantes. Com o tempo de 28 minutos e 39 segundos, o ciclista Davi completou o desafio com o menor tempo. Já o deficiente visual Gilmar foi o que levou mais tempo para realizar o percurso utilizando o transporte coletivo, 1 hora 45 minutos 45 segundos.

"É uma maneira interessante de despertar a atenção das pessoas para outros modais menos poluentes, como o transporte coletivo, bicicletas e até mesmo os deslocamentos curtos que podem ser feito a pé, sem necessidade de carros", declara Stella. "

Confira os tempos dos participantes
- Davi (bicicleta) - 28min39s
- Felipe (bicicleta) - 28min56s
- Ricardo (moto) - 32min22s
- Vanderson (moto) - 32min36s
- Plá (bicicleta) - 37min20s
- Adir (moto) - 37min58s
- Miranda (bicicleta) - 38min55s
- Themys (bicicleta) - 40min47s
- Iara (carro) - 43min30
- Anderson (correndo) - 43min59s
- Regina (correndo) - 49min
- Renata (carro) - 54min25s-
- Rodrigo (ônibus) - 54min40s
- Julião (van) - 56min44s
- Nicole (bicicleta) - 59min12s
- Fanini (carro) - 1h03min02s
- Stella (ônibus) - 1h08min08s
- Marcelo (ônibus) - 1h08min20s
- Gabriel (andando) - 1h09m39s
- Loheine (andando) - 1h12m8s
- Larissa (andando) - 1h12m15s
- José Cascaes (andando) - 1h21m34s
- Osiris (cadeirante/ônibus) - 1h35min50s
- Gilmar (deficiente visual/ônibus) - 1h45min45s

Fonte: URBS

"Cidade não é problema; cidade é solução" de Jaime Lerner

É com esse pensamento que o brasileiro Jaime Lerner começa sua palestra na conferência do TED. O paranaense ganhou destaque no cenário internacional da década de 70, quando liderou a revolução que transformou a cidade de Curitiba em exemplo de planejamento sustentável, transportes públicos eficientes, respeito ao meio ambiente e foco nas pessoas. No vídeo, ele conta de forma bem humorada a chave para transformar as cidades em soluções para problemas globais, como as mudanças climáticas.
Lerner afirma que todas as cidades do mundo podem ser melhoradas em menos de três anos, independente de escala ou de recursos financeiros. "Todo problema de uma cidade tem de ter sua própria equação de co-responsabilidade", afirma. Ela conta que um dos segredos para isso é o design urbano. "Toda cidade tem seu próprio design. Mas para fazer acontecer, às vezes você tem de propor um cenário e uma ideia que todos, ou a grande maioria, irão ajudá-lo a fazer acontecer”.
Para isso, é preciso pensar em toda a estrutura da cidade, torná-la mais conectada e menos segmentada. E para fazer com que as pessoas circulem por ela de forma eficiente e menos agressiva é preciso combinar todos os meios de transportes existentes em um modelo único, sem fazer com que eles briguem pelo mesmo espaço.



Clique em View subtitles e selecione a legenda que desejar



Exemplo desse modelo é a Rede Integrada de Transporte (RIT), sistema de mobilidade desenvolvida na cidade de Curitiba durante sua gestão como prefeito da cidade. Durante a palestra, Lerner fala sobre a criação e o funcionamento da RIT e como foi preciso 25 anos até que outra cidade (Bogotá) se inspirasse a fazer o mesmo.
Hoje, o sistema já é referência para dezenas de outras cidades espalhadas pelo mundo. “Isso significa que duas coisas: mobilidade e sustentabilidade, estão se tornando muito importantes para as cidades”, afirma. Ele garante que a importância dessa disseminação é vital, e não apenas para o local onde a mudança está sendo feita. “Toda cidade, apesar dos problemas normais, têm um papel muito importante em conviver com toda a humanidade”.
Outra dica do arquiteto é trabalhar de forma rápida, sem perder muito tempo com planejamentos. "Não podemos ser tão prepotentes e pensar que temos todas as respostas. É importante começar e ter a contribuição de pessoas, e elas podem ensinar você se você não estiver no caminho certo"


De EcoDesenvolvimento.org em 23/09/2009